quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MP-PR: Edital para servidores pode sair até o final deste ano

 
 
 
 
 

MP-PR: Edital para servidores pode sair até o final deste ano

 
O Ministério Público do Estado do Paraná tem concurso previsto para até o final deste ano ou para o primeiro semestre do ano que vem, de acordo com o sub-procurador geral de justiça para assuntos administrativos, José Deliberador Neto. A seleção irá ofertar 151 vagas distribuídas nos níveis fundamental, médio e superior. Para o nível fundamental são oferecidas vagas para os cargos de auxiliar administrativo e oficial de promotoria, com remuneração no valor de R$2.387,55; no nível  médio, as chances são para técnico, técnico em Edificações e técnico em Hardware, com ganhos de R$3.875,49.
Para graduados as oportunidades são para auditor, analista de administração de banco de dados, analista de operações de segurança, analista de Comunicação, arquiteto, assistente social, engenheiro civil, engenheiro eletricista, estatístico, médico, pedagogo e psicólogo. A remuneração é de R$7.300,39. A carga de trabalho será de 40 horas semanais para todos os cargos. FOLHA DIRIGIDA falou com o sub-procurador do MP-PR, José Deliberador.
Mesmo sem o novo edital publicado, no entando, segundo o sub-procurador, os interessados em realizar o concurso podem tomar como base os conteúdos de Português e Matemática do último concurso realizado em 2010 pela ESPP, levando em conta que poderão ocorrer alterações em alguns pontos do conteúdo programático. "Nos programas de nível básico e médio os conteúdos podem sofrer alguma alteração ou incremento, mas a base de Português e Matemática é relativamente comum aos demais concursos. No nível superior o conteúdo é mais específico e será desenvolvido para novos cargos no decorrer da elaboração do edital", completou.
De acordo com José Deliberador, o quadro de servidores do ministério é composto basicamente por profissionais mais jovens: "O quadro é composto por 687 servidores efetivos, distribuídos na capital e interior do estado. O quadro é relativamente jovem, com poucos profissionais próximos da aposentadoria. A média de idade dos servidores efetivos do MP-PR é de aproximadamente 39 anos, e a média de tempo de atuação no órgão é de 11 anos. Os terceirizados atuam essencialmente nos serviços de conservação e na vigilância e segurança."
O sub-procurador disse que ainda existe uma carência no atual quadro de servidores: "Atualmente existem 180 cargos vagos. Estes cargos estão divididos entre apoio básico, técnico e de profissionais de nível superior. A carência de servidores ainda ocorre, mas atualmente em um grau moderado em relação ao passado. O edital do novo concurso irá definir a quantidade aproximada necessária para atender as demandas, no interior e na capital."
Segundo Deliberador, os servidores do MP-PR, atualmente, recebem além da remuneração, auxílio-alimentação no valor de R$710. Aqueles que têm filhos de até 6 anos matriculados em estabelecimento de educação infantil recebem auxílio pré-escolar num valor de até R$550. Os servidores podem crescer dentro do ministério, levando em conta o plano de carreira do órgão. "Os servidores são avaliados anualmente podendo receber uma progressão na tabela de acordo com o resultado da avaliação", completou.
O sub-procurador do MP-PR encerrou com uma mensagem àqueles que desejam fazer parte do quadro de servidores do ministério e estão lutando por uma vaga. "O Ministério Público necessita de profissionais engajados e com perfil para apoio aos serviços dos promotores e procuradores de Justiça, numa instituição com crescentes demandas de atendimento à sociedade."

Saiba como Fundamentar os seus Recursos


Saiba como Fundamentar os seus Recursos

   Quando está se preparando para um concurso, o candidato deve ficar atento a diversos itens que constam no edital: programa de estudo, prazo de inscrição, data da prova, e um outro item muito importante, e que pode definir sua classificação, o prazo para RECURSOS. Veja dicas de um especialista.
   Em quase todas as seleções, candidatos contestam questões, por discordarem de sua formulação ou do padrão de resposta elaborado pela banca. O advogado Sergio Camargo, especialista em concursos públicos, aconselha que os candidatos só recorram quando tiverem embasamento, e não para tentar ganhar mais pontos. "Quando tiver a certeza de que a resposta apresentada é correta, seja em qualquer tipo de prova, que ela está de acordo com o entendimento dos escritores, com as doutrinas, recorra.
Mas muitos candidatos têm o costume de recorrer de tudo... Eu, quando concurseiro, nunca fiz isso, e hoje como advogado não aconselho ninguém a fazer. Recorrer de tudo, de qualquer, coisa me parece bagunça. Recorrer apenas porque está precisando de pontos eu não concordo", diz.  

  Segundo Sergio, as organizadoras já recebem os recursos dispostas a negá-los. "Como muitos candidatos entram com recursos contra tudo, o que é deselegante, e desmoraliza o próprio concorrente, as bancas tendem a ter uma postura reticente - muitas vezes existe a recomendação para negar tudo, todos os recursos. Alguns candidatos vêm com uma boa justificativa, e tem a sua nota alterada, mas a maioria recorre por recorrer, e o examinador acaba perdendo um longo tempo naquilo". 

  O advogado diz que, no geral, poucas questões são efetivamente alteradas. "A maior parte das questões é mantida, e isso ocorre por dois motivos: incompetência dos candidatos em elaborarem um recurso. E a má vontade das bancas", comenta.

   Na hora de elaborar um recurso o candidato deve ser direto. É o que explica Sergio Camargo. "O examinador não tem paciência para conversa fiada, e percebe quando o aluno está jogando conversa fora. Tem que estar bem fundamentado. E é preciso que o candidato tenha modéstia, muita, ele não precisa agredir o examinador. Os argumentos devem ser apresentados sem constrangê-lo. Opiniões pessoais devem ser evitadas, deve ser uma abordagem bem técnica, objetiva", declara. Candidatos que costumam se alongar muito podem se prejudicar no pedido.

  "A argumentação deve ser curta, tem candidato que adora ficar dando voltas, enchendo linhas, e isso não leva a lugar algum. Quanto maior o texto, mais chance o candidato tem de se enrolar e ter seu recurso ignorado". Sergio Camargo aconselha que se evitem elementos emocionais. "Não importa para o julgador se você estava com algum problema familiar, se estava calor na sala, se se esforçou nos estudos. Repito, o candidato tem que ser técnico e objetivo", diz  

  Em alguns concursos de grande porte, candidatos costumam se mobilizar para enviar recursos contra determinadas questões. Mas é preciso cuidado com essa prática, argumenta Sergio. "As bancas desconsideram recurso padrão, negam tudo que é feito em coletivo. Cada candidato deve ter o seu argumento, não pode existir um recurso padrão". Quando uma questão é anulada, o ponto costuma ir para todos os candidatos. Mas, acredite, não é necessário ser assim. "Quando uma questão é anulada ou o ponto vai para todos os candidatos, ou não vai para ninguém. Em regra, vai para todos. Fica a critério da organizadora", diz. 

  Para o advogado, um dos grandes problemas dos concursos realizados no país é a falta de uma legislação. "Tudo fica a critério da organizadora, não existe lei. O edital é uma norma que, na total ausência da lei, serve como regra. Mas os editais são ruins, fracos, feitos de forma omissa. Juridicamente grande parte dos editais pode ser questionada. O grande problema é o Estado que não regula, não se estrutura normativamente. Já era para existir um estatuto do concurso público no país", afirma.

   Apesar da importância de ter um estatuto, Sergio esclarece que algumas coisas não irão mudar. "Fora as questões de Lógica, Matemática, que são sempre o mesmo resultado; de resto tudo fica como está. No Direito, na Língua Portuguesa, é tudo muito subjetivo. Pode existir a lei do concurso e isso não irá mudar, ao menos no que diz respeito aos recursos, pois são disciplinas muito subjetivas. Mas, teremos regras mais justas, vai estabelecer regras para as bancas", comenta.

  Em alguns editais não consta o item para que os candidatos entrem com recurso, o que é inaceitável para Sérgio Camargo. "Em todos os editais devem constar os prazos e procedimentos para recursos. A banca não pode evitar ou omitir isso. Todo cidadão tem direito à ampla defesa, tem que caber o recurso. Se isso não estiver previsto no edital, o candidato deve e pode entrar na justiça".

  Para Sergio, as bancas não deveriam taxar os recursos. Neste ponto, novamente a falta de uma lei permite cobranças, por vezes, abusivas. "Não tem o estatuto, o projeto se arrasta em Brasília, portanto, elas podem cobrar. Que seja um valor simbólico, nem assim vale. O custo do serviço de eventuais recursos já deveria estar embutido na taxa de inscrição", diz. 

  O advogado deixa um recado para os candidatos. "Se preparem, tenham calma durante a realização da prova, e se forem recorrer, busquem desenvolver uma argumentação técnica, embasada, e da forma mais razoável com o examinador. Não tente provar que ele está errado, e sim que a sua resposta também pode estar correta", finaliza.

Fonte: Folha Dirigida

Disponível em: http://www.gabaritofinal.com.br/2013/08/saiba-como-fundamentar-os-seus-recursos.html